A Libertadores é conhecida por ter um calendário desfavorável, com jogos que acontecem em diferentes condições climáticas e em diferentes fusos horários. Mas a edição de 2017 teve um charme especial, com uma série de partidas que foram influenciadas diretamente pelo tempo. E, se há uma condição favorita para a disputa da competição, essa condição foi o frio.

As primeiras rodadas da fase de grupos foram marcadas por temperaturas baixas em grande parte dos países participantes, especialmente na Argentina, Uruguai e Chile. Com a neve e o gelo fazendo parte do cenário de muitos jogos, os times que conseguiram se adaptar melhor a essas condições foram os que tiveram mais sucesso na competição.

Em especial, o River Plate se destacou pela sua habilidade em jogar em condições inóspitas, vencendo partidas difíceis fora de casa e garantindo a liderança do Grupo 3. O clima favorável também foi decisivo para outros times, como o Lanús, que garantiu a classificação para as oitavas de final com uma vitória sobre o Nacional do Uruguai em uma noite gelada em Buenos Aires.

Mas nem todos os times conseguiram se adaptar ao tempo frio. O Barcelona de Guayaquil, do Equador, sofreu com as baixas temperaturas nas partidas contra o Botafogo e o Estudiantes, na Argentina, e acabou eliminado ainda na fase de grupos. Da mesma forma, o Jorge Wilstermann, da Bolívia, enfrentou dificuldades nas partidas contra o Atlético Mineiro em Belo Horizonte e em Cochabamba, com temperaturas abaixo de zero.

Após a fase de grupos, o clima ainda teve um papel importante nas partidas de mata-mata. O enfrentamento entre Botafogo e Grêmio pelas quartas de final, por exemplo, foi marcado por condições extremas de frio e chuva no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro. O mesmo aconteceu na partida de volta entre San Lorenzo e Lanús, em Buenos Aires, com temperaturas baixas e ventos fortes afetando o desempenho das equipes.

Mas, mesmo com todas essas variações, o clima favorito da Libertadores 2017 acabou por ser o frio. O jogo de ida da final, entre Lanús e Grêmio, foi disputado em uma noite gelada em Lanús, com uma temperatura de apenas 4°C. E essa condição acabou por ajudar o time brasileiro, que soube se impor diante de um adversário desorientado pelo clima e pela pressão da torcida.

Em resumo, a edição da Libertadores 2017 teve no clima um elemento crucial que influenciou o desempenho das equipes e a experiência dos torcedores. O frio se mostrou como o tempo favorito da competição, exigindo dos times uma adaptação especial aos desafios apresentados. E, ao final, foi o Grêmio que conseguiu superar as adversidades e conquistar o título continental.