No dia 28 de novembro de 2016, a equipe de futebol brasileira Chapecoense embarcou em um voo para Medellín, na Colômbia. Eles estavam indo disputar a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional, o time colombiano. O voo era operado pela companhia aérea boliviana LaMia.

No entanto, a cerca de 30 quilômetros do aeroporto de Medellín, o avião caiu em uma região montanhosa, perto da cidade de La Unión. O acidente vitimou 71 das 77 pessoas a bordo, incluindo jogadores, comissão técnica, jornalistas e tripulantes. Seis pessoas sobreviveram, incluindo três jogadores, um técnico de voo, uma comissária de bordo e um jornalista.

A causa do acidente ainda é objeto de investigação, mas um relatório preliminar sugeriu que o avião havia ficado sem combustível. A LaMia havia sido alvo de várias críticas por parte de pilotos e funcionários por operar com falta de combustível, o que levantou questões sobre a segurança da empresa e suas práticas.

O acidente chocou o mundo do futebol e gerou uma onda de solidariedade em todo o continente. Clubes de futebol de todo o mundo prestaram homenagens e ofereceram ajuda financeira. A final da Copa Sul-Americana foi cancelada e o Atlético Nacional pediu que a Chapecoense fosse declarada campeã do torneio.

Os sobreviventes do acidente lutaram para se recuperar, fisicamente e emocionalmente. Entre eles estava Neto, zagueiro da Chapecoense, que sofreu várias lesões graves, incluindo fraturas no crânio e nas costelas. Ele passou mais de um mês em coma induzido e se submeteu a várias cirurgias. Em entrevistas posteriores, ele falou sobre sua luta para voltar a jogar futebol e como o acidente mudou sua perspectiva sobre a vida.

A investigação sobre o acidente continuou nos meses seguintes. Em dezembro de 2016, os relatórios finais do Instituto de Medicina Legal da Colômbia e do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes revelaram que a LaMia havia violado várias práticas de segurança para economizar combustível e transportar mais passageiros.

Em março de 2018, a justiça boliviana condenou o chefe da companhia aérea LaMia, Gustavo Vargas Gamboa, a 10 anos de prisão pelas mortes ocorridas no acidente. Outras quatro pessoas também foram condenadas.

O acidente da Chapecoense foi uma tragédia sem precedentes para o futebol e deixou um vazio na comunidade esportiva. No entanto, a forma como os sobreviventes e as famílias das vítimas lidaram com a tragédia, e a solidariedade e apoio que recebeu de todo o mundo, inspiraram muitos e serão lembrados como um exemplo de resiliência e união em face da adversidade.